Na hora de comprar um veículo, diversos fatores devem ser considerados e entre eles a depreciação do veículo, afinal ninguém quer perder dinheiro. Para quem nunca ouviu falar nesta expressão, a depreciação de veículos é um processo de redução do valor do seu carro. Diversos fatores são considerados para o cálculo da depreciação como: desgaste natural do veículo, falta de cuidado, ação da natureza e a concorrência com veículos mais novos, fazendo com que o veículo valha menos no ato da venda do que quando foi comprado.
De uma maneira geral, o mercado considera um tempo de vida útil ao objeto, determinando qual seu tempo ideal para um funcionamento perfeito. Outro fator ligado a depreciação está a demanda sob o seu veículo, ou seja o quanto ele é procurado no mercado.
Considerando estes fatores, é possível determinar qual o tempo ideal para ficar com veículo e se já é hora de passá-lo adiante.
Critérios de desvalorização de um veículo
A Tabela Fipe é um instrumento de consulta do valor dos veículos e pode ser usada como base para o controle da desvalorização do veículo. Neste artigo, nós falamos sobre como funciona o cálculo da tabela Fipe, confere lá :).
Você ainda deve levar levar em conta:
Quilometragem: Quanto maior a quilometragem do veículo, maior será a sua desvalorização já que isso pode estar relacionado a danos mecânicos causados no veículo e até mesmo a ação da natureza, pelo tempo de rodagem na estrada.
Ano de fabricação e modelo: Cada ano que passa para o veículo, maior a sua desvalorização. Algumas pessoas estabelecem metas para a troca do veículo de forma a evitar que ele desvalorize. O consórcio é uma excelente ferramenta para te ajudar nessa troca ;).
Conservação: fazer a manutenção sempre em dia e evitar avarias na mecânica são formas de evitar que o veículo desvalorize demais. Outras situações como acidentes também são consideradas, mesmo que tenham sido consertadas de forma correta. Especialistas avaliam desalinhamentos na lataria que podem indicar acidentes, além de amassados, arranhões e outros estragos.
Personalização: veículos que tenham sido transformados a partir de suas características originais também sofrem desvalorização, especialmente se o veículo ficar muito diferente dos padrões. Peças como aerofólios e mudança de cor são muito pessoais e podem dificultar inclusive na hora de encontrar alguém que queira ter um veículo como o seu.
Nacionalidade do veículo: Carros importados tendem a desvalorizar mais que os nacionais devido o valor mais alto de manutenção. Apenas por essa característica, o veículo perde valor ao sair da concessionária. Os modelos produzidos no Brasil e considerados populares, tendem a desvalorizar de 20% a 30% em dois anos, enquanto os importados podem chegar a 50% no mesmo período.
Tecnologia desatualizada: veículos sem ar condicionado, direção hidráulica ou elétrica, vidros e travas elétricas são mais difíceis de vender. Hoje, até mesmo modelos básicos vem com essas funcionalidades, complicando a vida de quem tem um carro sem estes opcionais.
Como fazer o cálculo?
Especialistas consideram que um veículo tem vida útil de 5 anos. Confira como calcular a depreciação do seu veículo:
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Divida o valor do carro zero km (exemplo: R$35.000) pelo tempo de uso. Divida o valor pelo tempo de uso do veículo, se ele foi utilizado por 5 anos, dividimos por 5, para saber o valor anual de depreciação (R$35.000 / 5 = R$7.000);
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Divida esse valor (R$7.000) por 12, que é o número de meses do ano;
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O valor obtido (R$583,33) representa o quanto o carro vai desvalorizar a cada mês. Ou seja, depois de sair da concessionária, você pode considerar que, a cada mês, o carro em questão depreciará aproximadamente R$580.
*As estimativas e valores citados são apenas referências e não podem ser usados como regra, pois dependendo do uso e até mesmo do veículo, a desvalorização pode ser menor ou maior.
Diferença da desvalorização entre o carro novo e seminovo
Ao sair da concessionária, o zero km perde até 20% do valor. Os 3 primeiros anos de um veículo são o período em que um carro mais desvaloriza e, a partir do quarto ano, a taxa de depreciação segue bem menor. Comprando um seminovo, você adquire um carro com cara de zero, sem ser fortemente impactado com a depreciação inicial.