O brasileiro não tem o hábito de poupar para conseguir um produto ou serviço. Ele tem o hábito de financiar.
O preço desse vício cultural tem nome: juros. Paga duas, três vezes o valor para ter a mesma coisa.
O brasileiro não entende muito disso. Para ele 2%, 3% ao mês não representa nada.
Mal sabe ele que 3% ao mês em 5 anos representa absurdos 490%.
Aliás, quem sabe bem disso são os banqueiros que, ano a ano, batem recordes de lucro.
Dia desses, falei que uma forma boa de poupar era fazer um consórcio. Diferentemente da caderneta de poupança, cujo dinheiro pode ser sacado a qualquer hora, por trás de um consórcio sempre há um objetivo definido e um prazo máximo de poupança, e isso nos disciplina a guardar mensalmente um pouquinho de nossa renda. A união do dinheiro dos consorciados, a poupança em grupo, permite que cada um tenha dinheiro para pagar, à vista, menos por algo que muito desejou.
Outra vantagem do consórcio é a taxa de administração baixa, cobrada só para o seu funcionamento e não com o objetivo de lucro.
Por fim, não há imposto, assim como na caderneta de poupança e na previdência privada na fase de acumulação.
Olha, só há duas formas de um assalariado ficar bem de vida: poupar ou ganhar na loteria. A última não depende de nós e é rara.
Fonte: Site da Rádio CBN Curitiba, 90.1FM (19/05/14)